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junho 09, 2008

Greves, paralisações e outras demonstrações

As greves e as paralisações são demonstrações invariavelmente associadas à liberdade de expressão. Neste país, quando alguém grita "Greve!", "Paralisação!", "Ninguém entra!", "Ninguém sai!", é instantâneamente elevado a herói nacional, aparecendo nos blocos de notícias dos mais populares canais de televisão. Diz-se que "é da luta"...
Afirmo desde já que não sou um homem da luta, não faço greve, detesto paralisias e gosto que a malta entre e saia quando quer e lhe apetece. Mais, incomoda-me que os outros tenham a liberdade de pensar de forma diferente, quanto mais de agir. Rói-me todo por dentro.
Rói-me todo por dentro ver aquela malta, tipo milícia, a passar por cima de tudo e todos (onde está a polícia?) e fazer valer a força dos números contra os que têm um ponto de vista diferente. Não há nada mais fascista e cobarde do que fazer parte desses grupos de pressão, seja na lota, nas estradas, ou noutro sítio qualquer.
Assusta-me ainda mais o facto de não existir uma demarcação púbica e inequívoca por parte da verdadeira malta da luta - quem cala...
Confesso que não sou lá muito fã da verdadeira malta da luta. Não obstante, respeito o conceito por trás de todos aqueles chavões já com 50 anos, que todos estamos cansados de ouvir. É inspirador, sim senhor.
O resto, que vemos hoje em dia, são, na maioria dos casos, perversões da verdadeira liberdade - a capacidade de aceitar que os outros podem ter pontos de vista válidos que não os nossos próprios.

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