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dezembro 09, 2010

Friendly Fire 2 - O Regresso do Soldado Instantâneo

… e já está. Demorou, mas foi.

Agora, eis que se me ocorre o seguinte pensamento: estamos a falar de soldados. Americanos. Malta rija, que faz cenas do tipo disparar armas, rastejar pela lama debaixo de fogo com um sorriso e um cigarro Marlboro nos lábios. Malta cujo sonho é acordar um belo domingo de manhã e descobrir que o Bin Laden se escondeu no seu quintal, e apercebendo-se imediatamente que está a sonhar pois é bom demais para ser realidade, mesmo assim se levanta da cama e, com as botas já calçadas mas de cuecas e tronco nú, câmara de filmar numa mão e a bazuca comprada na loja de conveniência noutra, sai de casa agradecendo a Bush e a Deus pela dádiva (por essa ordem mesmo), apanha o jornal do chão e, enquanto saúda o vizinho do lado que está a cortar a relva, espeta um balázio na dita encarnação do mal, virando-se depois para a bandeira hasteada no seu quintal, saudando-a.

Acorda, claro está, lavado em lágrimas de alegria e contentamento, com energia para enfrentar mais um dia num país mergulhado em profunda crise económica e de valores sociais.

Pois que divirjo. Voltando então ao que interessa, é malta que faz cenas…enfim…rijas.

Supostamente esta malta tem treino. Como soldados, são os profissionais daquilo, do disparar, do matar, do conquistar, do guerrear, certo? Não sou apologista de tal coisa, mas se olharmos só para os 51% do post anterior, dá um bocado a ideia que agarraram numa cambada de atrasados mentais e lhes deram armas de fogo ou pior para a mão e já está - Soldados instantâneos. Ou melhor, Macsoldados.

Assim tipo aquela música portuguesa já antiga que dizia “Tens dezoito anos e a quarta classe. És um jovem ambicioso. Vem ser um GNR…”.

dezembro 02, 2010

Friendly fire

...é o termo comumente utilizado para quando um soldado é atingido por fogo do seu próprio lado, inadvertidamente, claro.

Uma estatística curiosa:

Na 2ª Guerra Mundia estima-se que cerca de 11% das mortes entre soldados norte-americanos resultaram do dito "friendly fire".
Na Gerra do Vietnam estima-se que aproximadamente 30% das mortes entre soldados norte-americanos foram causadas pelo tal "friendly fire".
Na Guerro do Golfo estima-se que 51% das mortes entre soldados norte-americanos decorreram de fogo das tropas norte-americanas.

Vou só ali digerir e já volto.

outubro 04, 2010

Sarkozy Vs. Ciganos

O Parlamento Português rejeitou há uns dias a condenação da expulsão dos ciganos em França.

Certo. Está bem, sim senhor, assim é que é. Já dizia o King Kong - "Cada macaco no seu galho!". Nós nem com os nossos ciganos sabemos lidar, quanto mais com os dos outros.

Parece-me que esta questão apenas será consensual e pacífica para um genuíno atrasado mental ou para alguém que tenha certas e determinadas ideias, normalmente associadas a cruzes suásticas, cabelo curto e botas da tropa...o que é como dizer batatas ou semelhas.

Primeiro, estranho o facto de não ter escutado ainda nenhum argumento verdadeiramente digno dessa designação da parte de quem condena a posição assumida pelo presidente francês. Os argumentos mais comuns assentam em comparações com genocídio nazi dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Ora, faço aqui um pequeno parêntesis a título de apontamento pessoal para que fique registado que sempre tive a sensação que a questão do holocausto não foi ainda devidamente digerida por alguns povos europeus. Ainda hoje noto que conceitos como "alemão","nazi", "Hitler", "campo de concentração" despoletam uma espécie de reacção instintiva de pânico e ódio em bastantes pessoas – leia-se “instintiva” no sentido de emocional por oposição a racional.

Portanto, e voltando um pouco atrás, note-se que a maioria dos argumentos que ouvi contra a decisão do Sr. Sarkozy de expulsar os ciganos de França relaciona-se com o Holocausto, e, pelas razões que expus no parágrafo anterior, este tipo de argumentação tem vindo a granjear um número considerável de apoiantes, no qual não me incluo.

Não obstante, reconheço que esta atitude é discutível do ponto de vista da badalada livre circulação de pessoas e bens no Espaço Schengen. Afinal somos livres de calcorrear o território ou não? No meu ponto de vista, somos. Desde que respeitemos as leis de cada estado. Ou então porque não ponderar a aplicação desta política a estrangeiros em geral, ao invés de sobrecarregar as prisões? É deportá-los lá para onde vieram – o que no caso dos ciganos pode ser complicado.

Mas, quanto a mim, o cerne da questão é o seguinte: A França é um estado democrático dotado de uma constituição e leis. Se qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos não respeita essas leis, então só acho normal que este estado, personificado nas forças de autoridade, tome medidas, medidas estas que podem estar, tal como as leis, discriminadas na constituição ou serem decretadas por quem de direito, como é o caso.

Nem sequer vou abordar aquelas questões tradicionais como argumentar que se trata de um grupo de pessoas que, seja por motivos culturais ou outros quaisquer, adopta por vezes uma postura de isolamento e segregação face ao resto da sociedade e ostenta uma tendência assustadora para a associação a actividades ilícitas, acabando por não gerar grande empatia junto da população autóctone.

Penso que, neste caso concreto, são, dum ponto de vista racional, completamente inócuas face ao simples facto de assumirem comportamentos que não se coadunam com as leis vigentes.

Pessoalmente, penso que o problema não está na expulsão, mas sim na sua admissão. Defendo um controle sério e diferenciado do acesso ao território, pois com o acesso vêm uma série de direitos, mas, sobretudo, de deveres.

Verifica-se hoje em dia após anos e anos de um regime de entradas no país absolutamente irresponsável, que não existindo este controle, algumas das pessoas que entram no país, não estando sensibilizadas para o privilégio que lhes está a ser concedido quando lhes é dado o acesso à vida numa sociedade ocidental moderna, com sistemas de solidariedade social, estabilidade económica e política, acabam por não respeitar as bases sobre as quais assenta esse sistema…e o dito sistema acaba por entrar em colapso, mais cedo ou mais tarde.

Consequentemente, a atitude do Sr. Sarkozy não só é expectável, como também o é que se verifiquem nos próximos tempos tomadas de posição semelhantes nos restantes países da Europa.

setembro 13, 2010

Sustentabilidade

Falemos então em sustentabilidade. "Sustentabilidade" está na moda, "reciclagem" é tão passado que já ninguém se lembra do camarada Gervásio, o macaco reciclador.
Salvé companheiro!

"Sustentabilidade" é preciso, porque isto está para rebentar pelas costuras e nós por cá continuamos a assobiar para o lado como se nada se passasse, ao mesmo tempo que dizemos para quem quiser ouvir "Não, não se passa nada. No meu umbigo continua tudo na mesma...".

Gosto particularmente da nossa noção de sustentabilidade social, faz-me lembrar os quadros do Dali, cheios do fantástico mas assim já a puxar para a esquizofrenia.

Em Portugal entra quem quer, como e quando tem vontade. Somos os "gajos porreiros" da Europa. Não é preciso papéis nenhuns, basta aparecer por aí, como se fossemos ao café. Depois? Depois logo se vê, qualquer coisa se há-de arranjar. Onde cabem 12 milhões, também cabem 13 ou 14 milhões, certo? Certo. Há espaço de sobra...consta até que há um deserto a Sul de Lisboa, pertinho e tudo.

Mas a chatice é que não se trata de um problema de espaço, trata-se de um problema de recursos, de sustentabilidade. No caso particular da emigração, trata-se de sustentabilidade social.
Faz-me imensa confusão como é que alguém que não paga impostos nem gera qualquer mais-valia para a sociedade pode, porventura, receber um subsídio de inserção social ou rendimento mínimo garantido! Isto não é uma prática sustentável.

Quanto tempo mais vamos continuar a ser os "gajos porreiros"? Por mim, já chega. Provavelmente foi isto que pensou o Sr. Sarkozy quando reforçou as medidas a tomar contra a comunidade cigana em França.

Pessoalmente, e reduzido à minha ínfima pequenez e miopia geo-político-social, penso que o critério de diferenciação não deve ser étnico mas sim relacionado com outros aspectos, como por exemplo a situação legal no país, cadastro, contribuições sociais, etc. Temos bons exemplos da aplicação desta postura no Canadá ou nos Países da Escandinávia – países sustentáveis, claro.

Quando for grande quer ser dum país sustentável.

julho 09, 2010

Bandidos II

Vede e curvai-vos a mais uma pérola.

http://www.youtube.com/watch?v=HQCltqV6-Ms&feature=related

Estou sem palavras para exprimir o que sinto...Ok, se calhar não. Não estou é a conseguir articular, por isso vou-me hidratar que já me mijei a rir uma série de vezes e descansar um pouco a cabeça.

Bandidos

Impagável!

Este tipo entertenimento, lá fora, paga-se a peso de ouro. Cá no burgo é grátis (a minha palavra favorita na lingua de Camões)...

http://www.youtube.com/watch?v=8kO5o9zrPh0&feature=related

Candidato número um ao prémio "Azeiteiro da semana". Menção honrosa nas categorias "Calinada de ouro" e "Pinta mais xunga".

julho 02, 2010

Governar este país

Obras públicas sem investimento, aumento da receita pública sem aumento da carga fiscal, redução da dívida pública sem reduzir privilégios da função pública, irra, que país mais ingovernável.

Ainda por cima fomos eliminados por nuestros hermanos do Mundial de Futebol e não jogámos uma pestana de pulga marroquina!

Mandasse eu nisto, amuava, agarrava na minha trouxa e ia para casa. Deixava essa cambada de indolentes em autogestão para verem o que é bom.

Pagava para ver os sindicatos à frente do orçamento de estado, os verdes encarregues das obras públicas e um Tuga genuíno sentado na cadeira do poder, de modo a poder concretizar aquelas “postas de pescada” regadas a sabedoria de “lápis-na-orelha” que troca com o vizinho taxista na fila do talho.

E depois podia até ser à vez, afinal sempre somos 11 milhões e trocos (votantes em plena consciência talvez 21, 22 contando com a minha empregada), mudava aos 5 e acabava…num instante porque o país afundava-se no Atlântico em três tempos.

Saravá.

Parabéns Macaco

Mais uma revolução à volta do astro-rei – pelo menos se acreditares nessas tretas – e por cá continuamos nesta guerra sem quartel e sem fim à vista.

A luta prossegue feroz e desleal, os bons contra os maus, poucos contra muitos, fracos contra fortes, e, nas trincheiras empapadas em miolos dos nossos e dos deles, onde o caos assume proporções cósmicas e muitas vezes nos agarramos à fé no seu estado mais puro, disparando completamente às cegas enquanto gritamos em plenos pulmões coisas que só nós entendemos, não há ninguém que preferisse ter lutando ao meu lado, do meu lado.

Mais uma revolução à volta do astro-rei – acreditas nessas tretas tanto como eu – e por cá continuamos nesta guerra sem quartel e sem fim à vista. Felizmente.

Parabéns Macaco.

abril 30, 2010

Michael Jackson de volta!

Afinal, na senda do Rei Elvis, o Michael Jackson está vivo, vivinho da silva, refinou a pinta de maluco, com bigode e a cheirar a chamuças e tudo.

É ver para crer! Bem vindo de volta Michael.

http://www.youtube.com/watch?v=zL6xgki326E&feature=related

Gosto particularmente da calça em napa encarnada, bem justinha na zona da jóia real. O cabelo também está muito bom, de fazer inveja ao Marco Paulo ou ao David Hasselhoff. Assim ao menos não engana ninguém, não tem aquele ar de adolescente inocente.

E qual é a mensagem, a lição, que podemos extrair daquele pedaço de âmbar musical?

É claramente que, se fores sair à noite, tem muito cuidadinho com os tipos com mais de 40 anos que têm bigode e vestem calças justas de napa vermelha, mesmo se tiverem dentes pontiagudos, olhos amarelados e penteado à Fanã.

março 09, 2010

Natal para caracóis

Ainda bem que os caracóis não têm Natal!

Comprar prendas de Natal para caracóis deve ser dificílimo! Nem sequer estou a pensar no drama de encontrar os tamanhos certos, as cores que ficam bem com o tom de pele (e têm disso, pele? Pois, nem eu…) ou mesmo aquilo que já têm, pois é no mínimo difícil ir a casa deles.

Preocupa-me principalmente a questão de serem hermafroditas…quer dizer, nunca se sabe bem qual a secção da loja na qual se deve comprar. Deve ser tramado. Deve ser por causa disso que os caracóis não têm Natal.

Isso e porque já me chegou aos ouvidos que o filho único de um certo carpinteiro gostava de dar patuscadas, junto com os seus 12 compadres, na sua vivenda lá para os lados de Belém, e, nos meses sem “R” no nome, a malta gostava de comer caracóis enquanto via a bola…Dessa perspectiva é difícil ter razões para celebrar o nascimento do Menino.

Ainda bem, indeed. Fui.

março 02, 2010

Deus e os Engenheiros

...e eis que, renascido das cinzas, de volta após uma travessia do deserto criativo, regressado duma viagem de retiro espiritual e promoção do auto-conhecimento, estou de volta.

Ou então não, simplesmente saí para comprar tabaco e distraí-me a ler o jornal - ui, como o tempo passa quando o estamos a disfrutar.

Anyway, voltei, voltei...

Só para começar, acossa-me o seguinte: Qual a semelhança entre Deus e os engenheiros? Somente nos dirigimos a essa gente quando estamos aflitos, seja com água pele pescoço ou por falta dela.

Sois uma cambada de ingratos, sussurou-me Ele ao ouvido anteontem.

Inté.