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maio 08, 2009

Música de fim de semana

http://www.youtube.com/watch?v=jkGOsIjLqPo

...indeed.

Bem, Vou fim-de-semanar.

Saravá.

Xunga Pop #1

Directamente de Setúbal, no seguimento do funeral de um jovem, dois bonitos ícones da cultura xunga nacional: a beatificação a título póstumo e o cortejo fúnebre “à lá quartier” – ou à moda do bairro, como queiram.

Das cenas “à lá quartier” falaremos noutro dia. Acreditem, há muita coisa para falar.

Quanto à beatificação a título póstumo (BTP), que é aquele processo que se dá quando as pessoas morrem são imediatamente beatificadas. De repente, todo o mal que fizeram durante a vida não tem importância absolutamente nenhuma, é mais ou menos isto:

“O Cajó foi um bom homem, um pai extremoso, marido dedicado, o melhor dos companheiros, particularmente nestes últimos dez anos que passou na prisão a cumprir pena por violação de menores e homicídio qualificado da amante de quem tinha uma menina. O mundo ficou mais pobre com a sua partida…Era um santo.”

Não interessa o que fez ou deixou de fazer. Morreu, logo foi um santo.

“É um exemplo para todos. Meu deus, como a vida é injusta, um tipo já não pode prejudicar os outros à vontade sem se arriscar a levar um tiro. Como é que é suposto um gajo ganhar a vida? O subsídio de desemprego mal dá para pagar o tabaco, a TV cabo, a internet, a prestação do carro e as férias em Palma de Maiorca. Não há direito! A culpa disto tudo é do governo, esses bandidos…”

Enfim é inacreditável. A sensação de ouvir isto da boca de um bípede é impagável, é surrealismo moderno em ponto de caramelo.

E logo de Setúbal, onde há tanta coisa tão boa e tão nacional: o choco, as praias, a serra, o Mourinho…

Fui.

Conversas sobre nada

Ontem de noite ocorreu-me que as conversas sobre “Nada” são, de facto, as conversas sobre tudo. Tudo o resto, pelo menos.

Estes “Nada”, que inevitavelmente reduzimos a trivialidades, preenchem os vazios deixados pelas coisas que dizemos importantes e fazem com que não tenhamos aquela sensação de “falta-me aqui qualquer coisa”, aquela sensação de desconforto vazio.

Mais, atrevo-me mesmo a pensar que, se algumas vezes nos sentimos de facto plenos, completos, não é por causa dos “Tudo” mas sim por causa destes “Nada”.

Ora, por redução ao absurdo, cheguei a esta conclusão estranhíssima: se temos estes “Nada”, então temos tudo.

Desconcertante, não é? Pois és.

Saravá

maio 05, 2009

"I num Instante Tudo Muda

"i Num Instante Tudo Muda" - Pelo que percebi é um jornal que sai dia 7... Gostei da campanha publicitária, fez-me ir ao site ver do que se tratava...Parece interessante... Mas tenho dois pensamentos a cerca de isto...
Primeiro...não chegava o jornal "oje", com um erro ortográfico? também tínhamos de ter o "i" a substituir o "E"???
Parecendo que não, isso influencia as criancinhas...que já hoje em dia usam o menor numero de letras possível...Para economia de tempo e dinheiro...
Segundo pensamento...
Foi ver o site, fala de muita mudança, economia, ambiente, geral, politica e sociedade...Bons temas...
Mas e a cultura??
Se há coisa que devia mudar no nosso pais era a cultura...
Não sabia onde poderia exprimir a minha opinião quanto a isto, mas achei que devia partilhar...
Bem haja, macacos!