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dezembro 29, 2006

METAFÍSICA DA SOPA DE LEGUMES EM 5 TÓPICOS FOR DUMMIES

Qualquer sopa servida num restaurante é sopa de legumes porque:

  1. A base da sopa é quase sempre um composto vegetal ou qualquer coisa não-carne ou não peixe, que pode ser assumido como sopa. E quando perguntarmos ao empregado de mesa sobre aqueles pedaços suspeitos no meio do prato, ele responde prontamente que são pedaços de legumes que a varinha mágica não passou;
  2. Os legumes fazem bem à saúde, à excepção dos que têm vitamina K, pois cortam o efeito dos comprimidos para baixar a tensão (couves, feijão verde,etc);
  3. Ser vegetariano é cool, ou pelo menos assim pensam os vegetarianos. É como aquela ideia de que se contarmos uma mentira vezes suficientes, ela acaba por se transformar numa verdade;
  4. A canja está completamente fora de moda por causa da gripe das aves;
    “Sopa de legumes” tem um ar muito mais fino do que sopa de um legume específico, do género “Sopa de Batata” (rústico), “Sopa de grão” (matarruano);
  5. Uma boa “Sopa de legumes” cortada com 2 litros de água e refervida (para apurar) continua a ser uma “Sopa de legumes” razoável, podendo deste modo a mesma sopa perpetuar-se por algumas semanas no mesmo restaurante, bastando para isso acrescentar água e ferver – Milagre da Multiplicação da Sopa;

Bom apetite!



PIRANHAS MADEIRENSES

Macaco que é macaco gosta de passear. Ainda por cima se for à beira mar, desfrutando duns belos 25ºC acompanhados duma refrescante brisa marítima. E para completar, uma refeição de peixe fresco completamente grátis – porque, contrariamente ao senso dos comuns, o macaco não gosta só de bananas.
Pois, mas não tentem fazer isto no Funchal, essa bela localidade do nosso Jardim Atlântico. Se porventura ousarem desafiar o sensível equilíbrio entre a mediocridade húmida e a estupidez gananciosa que reina numa cidade feita à medida do turista bronco e bimbo das Américas, serão prontamente confrontados com um “The food is good!” vindo dum sapo qualquer vestido de preto e branco, ostentando um bigodito seboso, pronunciado num dialecto resultante da mistura entre o ZéZé Camarinha do antigamente e o Borat dos tempos modernos.
Esta tirada de mestre, como é absolutamente óbvio, estilhaça por completo a mais pequena inclinação de degustar um prato de peixe à beira-mar. Pior do isso, o sapo que comete este atentado contra a moral e bons costumes, não satisfeito com o efeito banda-gástrica da sua patética observação, repete-a até à exaustão à medida que vai afugentando os restantes transeuntes, outrora potenciais clientes.
E é neste momento em que assistimos à 8ª das 7 Chagas de Cristo: como que através de geração espontânea surgem numerosos sapos, tal e qual uma praga de gafanhotos no deserto, repetindo pérolas como “The food is good.” ou “Want eat?”, como se fizessem parte de um daqueles filmes de zombies, onde os zombies se arrastam lentamente atrás do protagonista em fuga, gemendo e grunhindo como se estivessem possuídos pelo Demo.
Solução – vão ao Mac, sempre é rápido e indolor.

Choose life, choose a job, choose a f***ing big television. I chose not to chose life. I chose something else. I chose MacDonalds