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setembro 23, 2009

A vida sexual das sereias

…é um dos grandes mistérios do universo, pelo menos do meu, que me pesa nos ombros desde que vi “Ariel a Pequena Sereia”.
Em primeira análise questiono-me de onde de onde vem essa adoração popular das sereias, que seduzem os pescadores e os marinheiros para águas traiçoeiras e posteriores náufragos.
Onde está a piada do envolvimento sexual com um ser que cheira a peixe, tem escamas que não desaparecem com cera ou uma gilete, uma barbatana e não respira fora de água?
Mais, será que as sereias têm sexo ou são como os anjos? Dum ponto de vista prático, saliento que no filme que vi não aparecem sereios e que, de acordo com o que julgo saber, os peixes e as peixas concebem imaculadamente – quem disse que não é possível? Cambada de hereges, ides morrer na cruz!
Portaaaaaaaaaaannnto…não sei. Se alguém me souber esclarecer, agradecia, até porque é importante estarmos informados nestas coisas, e como não conheço nenhuma sereia de verdade, já não tenho idade para perguntar à minha mãe e sou o irmão mais velho, estou num impasse.

Beijos para a minha sereia de olhos verdes. Fui.

Sobremesa

Ah, a sobremesa, a recompensa dos escolhidos, esse prémio que apenas os dignos degustam enquanto seres menores observam, cobiçam, conspiram, fremem de raiva.
Algumas questões sobre a metafísica da sobremesa:

  • Tem de ser tomada sobre a mesa?
  • Uma sobremesa tem sabor se ninguém a provar?
  • A sobremesa tomada antes da refeição é sobremesa à mesma?
  • Uma sobremesa pode ser doce de mais?
  • Qual a origem do popularíssimo castigo “não comes a sobremesa”?
  • Não seria muito mais castigante se, ao invés de privar o castigado da sua sobremesa, se trocasse a dita por uma boa colher de óleo de fígado de bacalhau?
  • Outras coisas feitas sobre a mesa podem designar-se de sobremesas?
  • E se envolver à mesma comida?

Pois. E... é isto. Saravá.

Caparica Faroeste

Findo o verão – não aquele que resulta da órbita elíptica do planeta à volta da estrela mor, esse escreve-se com maiúsculas, mas sim o verão dos três meses sem escola, praia nos arredores de Lisboa e a ocasional semana no cada vez menos nosso Algarve – está então na altura de coçar uma comichãozinha que me assola há já algum tempo.

Penso que somos, da EU, o país com maior rácio de quilómetro de costa por habitante, o que até faz algum sentido, tendo em conta que temos mais de 800 km de costa para cerca de 10,6 milhões de habitantes – dá uns 81 m de costa por habitante (não estou a incluir os ilhéus, pois essa gente vive num mundo à parte).

Seria expectável que tivéssemos uma boa relação com a nossa orla costeira, afinal, para além da questão dos recursos, esta proporciona-nos a única actividade económica sustentável e legal em terras lusas para além de espremer o aparelho social estatal na busca dessa instituição portuguesa que é … o Subsídio (subside, in american).

Mais, atrevo-me mesmo a escrever que, num país de gente com visão (mais especificamente classe política competente e tecido empresarial empreendedor) estaria inclusive instituída uma relação de simbiose com a nossa orla costeira.

No entanto a ideia que tenho é que estamos no Faroeste (far west, in american), com parques de estacionamento e bares noturnos (vazios 9 meses por ano) em substituição dos belos saloons e postos do xerife da cidade (o antecessor das esquadras). Os prédios crescem à velocidade de cogumelos, qualquer dia temos uma Brandoa à beira mar.


Alguém me explica como isto é possível?