É a sensação do momento! Bandos de macacóides enravecidos e regados com testoesterona, armados e camuflados, à solta numa selva que faz o Vietname parecer os jardins do Parque das Nações. É o delírio completo, pacifistas transformam-se em Rambos franco-atiradores de trazer por casa, e respeitados e íntegros pilares da sociedade mostram a sua verdadeira natureza tomando decisões que fariam inveja ao próprio Slobodan Milosevic.
O cheiro dos camuflados transpirados, a imagem das viseiras embaciadas, o som das balas a embater em bidões, o tacto das urtigas, o gosto da areia das trincheiras, isto tudo é, indiscutivelmente, o mundo animal no seu grau mais puro e primário.
Não há nada que se compare à adrenalina de abater um outro primata com dois ou três balázios bem aviados, de preferência um bem no meio da peitaça, e os seguintes, perfeitamente escusados, distribuídos ao gosto de cada macaco pela cabeça, virilha, virilha, cabeça, cabeça ou virilha.
Foi uma experiência enriquecedora e gratificante em todos os aspectos, que realçou não só tudo o que há de bom nos desportos ao ar livre, mas também o lado mais nobre e puro de cada um de nós, pois é sempre bom saber que no mather what, estaremos sempre disponíveis para tentar enfiar meia dúzia de balázios num macaco qualquer só porque este ostenta uma braçadeira de cor diferente … ou até mesmo igual, desde que pareça ameaçador, o que também não é difícil empunhando uma arma.
No fim de toda a carnificina, por entre os cadáveres dos vencidos e os corpos ensanguentados com tinta dos mutilados o que fica é a sensação do dever cumprido: Matámos cada vez mais e melhor, mutilámos com dor e agonia jamais conseguida, sem dó nem piedade, infligindo o máximo sofrimento e dor. Somos por isso primatas melhores e mais completos do que éramos cerca de 6 horas antes, ao iniciarmos esta contenda.
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1 comentário:
He he! Parece ter sido divertido! Os instintos primários em conjunção com armamento dão sempre uma combinação bonita!
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