Aqui há umas semanas saiu uma peça numa daquelas revistas de fim-de-semana sobre um cão, de seu nome Ruca, que estava treinado para farejar DVDs falsos. O cidadão-macaco comum, tacanho e mesquinho, dotado apenas de uma micro-perspectiva da sociedade poderá sentir-se tentado a pensar – para os mais atrevidos até mesmo em voz alta – que ultraje!
Anda um tipo para aqui a pagar impostos para isto! Ainda se fosse para proporcionar faustosas reformas vitalícias aos deputados ao fim de um par de anos ao serviço do país (duríssimo, acrescente-se), ou para dotar o Ministério da Defesa de submarinos, helicópteros e jactos comprados a países com exércitos a sério (à homem), ainda vá que não vá, mas agora gastar dinheiro dos contribuintes a treinar cães farejadores de DVD? Inadmissível!
Pois, isso foi o que eu também pensei, do alto da minha tacanhância mesquinhosa (bonita expressão, acabadinha de inventar).
Mas de repente ocorreu-me que um DVD pode ser tão ou mais perigoso do que uma arma, aquilo é capaz de vazar uma vista se for bem lançado, assim tipo frisbee.
E a quantidade de criminosos que escapam aos radares plantados nas estrada, por ostentarem nos espelhos retrovisores das suas bombas aqueles complicadíssimos dispositivos de camuflagem e despiste, que aos olhos de um leigo se parecem com um DVD atado com um cordel, mesmo ao lado do rosário?
Parece-me bem. De facto, temas como o aumento da criminalidade violenta e do tráfico de droga mirram perante um assunto tão vital para a sociedade como o atropelo dos direitos de autor e das leis de copyright.
Este país precisa é de um Ruca em cada esquina!
junho 19, 2009
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