Ontem de noite ocorreu-me que as conversas sobre “Nada” são, de facto, as conversas sobre tudo. Tudo o resto, pelo menos.
Estes “Nada”, que inevitavelmente reduzimos a trivialidades, preenchem os vazios deixados pelas coisas que dizemos importantes e fazem com que não tenhamos aquela sensação de “falta-me aqui qualquer coisa”, aquela sensação de desconforto vazio.
Mais, atrevo-me mesmo a pensar que, se algumas vezes nos sentimos de facto plenos, completos, não é por causa dos “Tudo” mas sim por causa destes “Nada”.
Ora, por redução ao absurdo, cheguei a esta conclusão estranhíssima: se temos estes “Nada”, então temos tudo.
Desconcertante, não é? Pois és.
Saravá
maio 08, 2009
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