Eis que Portugal, para não fugir à mais recente moda, aderiu à propalada crise económica. O estado (com minúsculas de propósito) vai nacionalizar o BPN – o drama, a dor, o horror…
Epá, por acaso até não acho. Também não é dramático quando queremos comprar um carro e andamos tesos que nem um carapau, e o padrinho nos desenrasca uns cobres para ajudar. “Pagas depois, não te preocupes…” é o que se diz, o que na realidade significa “És um bom miúdo, fica com ele…”. Faz-se isto para que o receptor deste microcrédito a fundo perdido, inventado pelos padrinhos portugueses e não por um monhé qualquer, o faça também mais tarde. É uma espécie de tradição, mas em bom.
Ainda por cima parece que as taxas de juro vão mesmo baixar e o preço dos combustíveis também desceu.
Portanto, meus macacos, crise, crise, foi quando as taxas de juro e os combustíveis subiram durante meses e meses consecutivos, e os representantes do governo (com minúsculas de propósito) fizeram questão de reafirmar as expectativas de crescimento económico superior à média na zona euro para tentar atrair confiança dos investidores e tapar o sol com uma peneira da loja dos chineses. E o macaco sou eu!
Obviamente que o verdadeiro “investidor” – e não o mexilhão – o Tony Gonçalves da massa ganha nos states à custa de sabe-se lá o quê ou o Joaquim de Nunes da indústria de impor/export das ex-colónias e dos países sul-americanos, já tem muitos anos de assamento de galináceos. Consequentemente não vai nessas balelas de “índices de confiança do consumidor”e “previsões de crescimento” apresentadas com imensa pompa e circunstância por uns burros engravatados possuidores da suprema sabedoria em matéria de Excel e Powerpoint, armados até aos óculos de gráficos com cores, barras, queijos, queijos em barra e fatiados (fininho, por favor, que estamos em crise e assim rende mais).
A malta da massa, o verdadeiros “investidor” – e não o mexilhão que passa a vida inteira a lutar por manter a cabeça acima da linha de água – olha para os jornais e ao lado das fotos da Carolina Patrocínio em biquíni (o que não é mau para reforçar a confiança dos investidores) e lê que o vizinho da fábrica de calçado não investe porque o mercado não escoa, lê que o cunhado da empregada, o vigarista da imobiliária, não investe porque isto está mau para vender aos preços mega inflacionados de há uns anos atrás, e lê que o Qualquer-Merda F.C. não encomendou o habitual contentor de jogadores sul-americanos e africanos com base em vídeos do youtube.
Isso sim, são sinais de crise, portanto, face à anteriormente comprovada retracção do mercado, vamos mas é aguentar os cavais e daqui a uns meses logo se vê.
Portanto, meus mexilhões amacacados, viva a crise, viva a descida das taxas de juro e viva a descida dos preços dos combustíveis. É que do ponto de vista do mexilhão (o tal da maré, quando sobe…) a água está sempre ao nível do pescoço, e quem não goza a maré vazia não goza nunca.
Epá, por acaso até não acho. Também não é dramático quando queremos comprar um carro e andamos tesos que nem um carapau, e o padrinho nos desenrasca uns cobres para ajudar. “Pagas depois, não te preocupes…” é o que se diz, o que na realidade significa “És um bom miúdo, fica com ele…”. Faz-se isto para que o receptor deste microcrédito a fundo perdido, inventado pelos padrinhos portugueses e não por um monhé qualquer, o faça também mais tarde. É uma espécie de tradição, mas em bom.
Ainda por cima parece que as taxas de juro vão mesmo baixar e o preço dos combustíveis também desceu.
Portanto, meus macacos, crise, crise, foi quando as taxas de juro e os combustíveis subiram durante meses e meses consecutivos, e os representantes do governo (com minúsculas de propósito) fizeram questão de reafirmar as expectativas de crescimento económico superior à média na zona euro para tentar atrair confiança dos investidores e tapar o sol com uma peneira da loja dos chineses. E o macaco sou eu!
Obviamente que o verdadeiro “investidor” – e não o mexilhão – o Tony Gonçalves da massa ganha nos states à custa de sabe-se lá o quê ou o Joaquim de Nunes da indústria de impor/export das ex-colónias e dos países sul-americanos, já tem muitos anos de assamento de galináceos. Consequentemente não vai nessas balelas de “índices de confiança do consumidor”e “previsões de crescimento” apresentadas com imensa pompa e circunstância por uns burros engravatados possuidores da suprema sabedoria em matéria de Excel e Powerpoint, armados até aos óculos de gráficos com cores, barras, queijos, queijos em barra e fatiados (fininho, por favor, que estamos em crise e assim rende mais).
A malta da massa, o verdadeiros “investidor” – e não o mexilhão que passa a vida inteira a lutar por manter a cabeça acima da linha de água – olha para os jornais e ao lado das fotos da Carolina Patrocínio em biquíni (o que não é mau para reforçar a confiança dos investidores) e lê que o vizinho da fábrica de calçado não investe porque o mercado não escoa, lê que o cunhado da empregada, o vigarista da imobiliária, não investe porque isto está mau para vender aos preços mega inflacionados de há uns anos atrás, e lê que o Qualquer-Merda F.C. não encomendou o habitual contentor de jogadores sul-americanos e africanos com base em vídeos do youtube.
Isso sim, são sinais de crise, portanto, face à anteriormente comprovada retracção do mercado, vamos mas é aguentar os cavais e daqui a uns meses logo se vê.
Portanto, meus mexilhões amacacados, viva a crise, viva a descida das taxas de juro e viva a descida dos preços dos combustíveis. É que do ponto de vista do mexilhão (o tal da maré, quando sobe…) a água está sempre ao nível do pescoço, e quem não goza a maré vazia não goza nunca.
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