Eu gosto de tecnologia. O seu propósito é, na maioria dos casos, tornar-nos a vida mais fácil.
Não entendo, por isso, algumas pessoas que encaram tecnologia como se fosse uma coisa sobrenatural, mística. É que de místico não tem nada – fomos nós, humanos, que a criámos, caramba!
Imagine-se a seguinte situação, passada no restaurante “Uma Merda Qualquer”: Janta-se. Toma-se o café e/ou o digestivo e é chegada a altura de pedir a conta. É absolutamente ridícula e constrangedora a situação que se segue.
O empregado traz o terminal portátil nas mãos como se de uma relíquia alienígena pertencente a um daqueles cultos religiosos obscuros se tratasse, assim tipo “O Terminal de Chaak´r”.
Age como se aquele bocado de plástico e microchips pudesse a qualquer momento soltar de dentro de si as Sete Chagas de Cristo e acabar com o mundo enquanto marcamos os 4 dígitos mágicos.
Parece o portador do Santo Graal, mas em mau. Só falta mesmo ter música de acompanhamento, assim na onda dos cantos gregorianos.
Age como se aquele bocado de plástico e microchips pudesse a qualquer momento soltar de dentro de si as Sete Chagas de Cristo e acabar com o mundo enquanto marcamos os 4 dígitos mágicos.
Parece o portador do Santo Graal, mas em mau. Só falta mesmo ter música de acompanhamento, assim na onda dos cantos gregorianos.
Mas é na altura de marcar o código que o ridiculómetro atinge a zona vermelha, pois a criatura trata aquele objecto de adoração com tanta deferência que nem sequer nos é permitido segurar o terminal na nossa própria mão enquanto marcamos o código. Ah não, para que tal fosse possível, teríamos também de pertencer à seita.
Assim, somos forçados a digitar o código uma série de vezes porque os botões são rijos como tudo e o esbirro do empregado não segura o terminal com força suficiente para se carregar nos botões convenientemente.
Para além disso, enquanto estamos a digitar o código toda a gente vira indiscretamente a cara para outro lado, fingindo não estar a ver o código que marcámos.
É o chamado “clima de WC público”, em que toda a gente que está a tentar urinar finge que está a fazer outra coisa qualquer interessantíssima, do género contar azulejos ou assistir ao canal parlamento.
Para além disso, enquanto estamos a digitar o código toda a gente vira indiscretamente a cara para outro lado, fingindo não estar a ver o código que marcámos.
É o chamado “clima de WC público”, em que toda a gente que está a tentar urinar finge que está a fazer outra coisa qualquer interessantíssima, do género contar azulejos ou assistir ao canal parlamento.
Senhores e senhoras, a tecnologia é nossa amiga. Não é extraterrestre, não é obra do Demo e às vezes é tão simples de usar. São bocados de plástico e microchips, mais nada.
Os velhotes têm desculpa, pois os seus discos rígidos já foram formatados algumas vezes e os seus processadores já estão um pouco perros.
Aos outros: Não vamos dramatizar, boa?
Boa.
1 comentário:
Boa
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