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outubro 02, 2007

Homem Vs Político

http://www.youtube.com/watch?v=MpB1Ydko4NU

Não sou grande apreciador dos constituintes da classe política portuguesa. Sou daquelas pessoas que vota noutras pessoas e não em partidos – parece-me ser acima de tudo um reflexo da falta de confiança nos políticos (aliás bem patente nos últimos sufrágios) e não confiança nas pessoas.
Constato de quando em quando que por terras lusitanas não se governa nem se faz oposição (e neste último aspecto dou toda a razão ao Rei da Madeira), são todos uns rascas – como a geração.

De vez em quando lá aparece uma figura que de alguma forma se destaca: basta um simples gesto, pequenos pormenores (a “malta” agarra-se a tudo, tal é o desespero), que despertam a atenção do eleitorado e granjeiam popularidade a este sujeitinho perfeitamente mediano, que até então andava perdido no rego do cú do tempo.
Refiro-me ao Dr. Pedro Santana Lopes, Pedro Sacana Lopes, Pedro Santana Flops, ou outra combinação qualquer.

Ser um gentleman e ainda por cima sportinguista são das poucas qualidades que lhe reconheço. A nível político parece-me, pela sua mais recente prestação à frente da Câmara Municipal de Lisboa, que dava para aí…um bom funileiro, sendo que mais valia a pena ter deixado a “malta” na dúvida se porventura teria alguma aptidão para a política, do que confirmar que a não tem!

No entanto não pude deixar de aplaudir a sua recente atitude de ter deixado a redacção do canal SIC Noticias pendurado num directo, após ter sido interrompido a meio de uma entrevista para que a “malta” pudesse assistir…à chegada ao Aeroporto da Portela doutro cromo português.
Assistir à chegada do Mourinho ao Aeroporto da Portela - que se tratou de duma chegada normalíssima, sem absolutamente nada para contar, quanto mais para interromper uma entrevista de um canal de notícias com um político de relevo…
Demonstrando um “saber estar” que faria inveja à própria Paula Bobone, o entrevistado, sem nunca entrar em faltas de respeito ou educação, simplesmente recusou-se a continuar a entrevista, tendo a audácia de perguntar à jornalista que o entrevistava se esta se lembrava ainda de donde tinha ficado, se a interrupção se justificava e se seria assim que o país andaria para a frente!
Isto, caros macacos, é a chamada bofetada de luva branca, mas com uma mão do tamanho da do “King Kong”. A loucura continuou quando rematou (à lá matador, acrescente-se) declarando que as pessoas tinham de aprender! Não se tratou de uma bofetada de luva branca mas dum soco do calibre do Mike Tyson nos tomates da redacção da SIC Notícias.

Assistimos depois às ridículas tentativas da redacção SIC Noticias, personalizada na tal jornalista (coitada, desta não se esquecerá) de prosseguir com a entrevista, mas mais valia terem participado na Maratona de Lisboa em pelota equipados com chapéus de cozinheiro, porque caíram ainda mais no ridículo.

Deu para rir à gargalhada, pois perante gente portadora de estupidite aguda deste calibre, rir é mesmo o melhor remédio. Isso e passar-lhes por cima com o camião do lixo de madrugada, mas depois ainda tinha chatices com a polícia e não estou para tal (para chatear a polícia, entenda-se).

Por fim dei-me conta dum facto curioso: o sujeito em questão criou mais empatia em mim com este gesto perfeitamente humano, do que toda a treta política que alguma vez regurgitou cá para fora.

A conclusão que tirei daqui foi a seguinte: numa eleição onde concorressem o Dr. Pedro Santana Lopes político com o respectivo apoio da máquina partidária, e o Pedro Santana Lopes cavalheiro e sócio do Sporting, ponderaria votar no segundo, mas nunca, jamais, alguma vez, no primeiro.
Votamos portanto em pessoas, naquilo que elas representam por si. Em políticos (subentenda-se em partidos) votamos quando não há alternativa…Ou então vamos para a praia e simplesmente não votamos.