Para além de uma passagem para a outra margem, as pontes são um verdadeiro teste à nossa integridade pessoal e profissional. Oscila-se entre a tentação de uma doença circunstancial que nos impeça de ir para o emprego (aproveitando assim para estender o fim-de-semana), e o obrigação moral de ir trabalhar, produzir, facturar, contribuir para o PIB. Apenas nestas alturas gozamos da plena liberdade para ficar a fazer ronha o dia inteiro ou realmente trabalhar a sério, como se fosse outro dia qualquer. Pessoalmente tentei dar o litro, tipo “90 minutos à Benfica” mas durante 8 horas, e acho que não correu mal de todo.
Nestas alturas ninguém incomoda ninguém, pois os “baldas” estão demasiado ocupados a navegar na net ou a ver mails ou até mesmo a escrever em blogs e os “trabalhadores” estão a tentar aproveitar 8 horas de puro prazer laboral, sem ruído de fundo, sem telefones ou distracções. O clima de calma generalizada até convém, pois assim torna-se difícil distinguir os “trabalhadores” dos “baldas”.
Tudo rola com maior facilidade, toda a gente sorri, dá os bons dias, bons apetites, boas tardes, até amanhãs, etc.
Isto é que é trabalhar, para o próximo ano venho trabalhar todas as pontes, estou mesmo a pensar propor ao patrão vir trabalhar ao fim-de-semana e folgar às terças e quartas – do género ter o clima das pontes dois dia por semana.
agosto 14, 2006
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