Notei uma grande ausência na dita manifestação da Geração à Rasca: o Estado.
Nada nem ninguém neste país, onde todos querem alguma coisa mas nenhum quer abdicar de nada, está mais à rasca do que essa entidade misteriosa e extremamente difícil de nomear ou tornar concreta do que "o Estado".
"O Estado" não tem dinheiro nem para mandar cantar um macaco cego, pois como já todos pecebemos por entre as toneladas de terminologia financeira largada à pazada nos meios de comunicação social pelos ditos "peritos" e "especialistas" em alta finaça e gestão, já andamos a consumir recursos económicos alocados para os anos seguintes.
"O Estado" não tem legitimidade para tomar qualquer posição face à "crise" que não seja conducente à queda do actual governo e reeleição de uma nova equipa - chama-se a isto resolver o problema à lá técnico informático: desliga a máquina e volta a ligar, fazendo figas e rezando com muita força para que o problema se resolva a si mesmo.
Parafraseando de certa forma Luís XIV que, ao que parece, não era parvo de todo, o Estado somos todos nós, e se este funciona de determinada maneira, tal apenas é um reflexo de nós próprios, da nossa carinhosamente apelidada "maneira de ser", "latinidade" ou outra coisa qualquer que lhe queiram chamar que justifique a cambada de saudosistas, preguiçosos, derrotistas, desonestos, irresponsáveis, tacanhos e "coitadinhos" que somos.
Espero sinceramente que a maioria dos macacos que leram este texto (5, portanto) não se reveja na maneira portuguesa de ser acima referida - o que significa que ou integram o grupo que não arrastou este país para o tanque de merda até ao pescoço onde se encontra actualmente.
Caso pertençam ao outro grupo (mesmo que achem que não e não sejam capazes de analisar o vosso comportamento de uma maneira séria), o grupo dos que simplesmente não se importam e sistematicamente cagam para o dito tanque sem parar primeiro para ver se estão a lesar alguém ou se já têm os próprios calcanhares na merda, só tenho a dizer que me estou completamente marimbando nas vossas pessoas e, quanto a mim, merecem afogar-se na vossa trampa.
Porque é que não podemos ser empreendedores, eficientes, optimistas, competentes, responsáveis, qualificados e "tê-los" no sítio?
2 comentários:
Percebemos que estamos realmente a fazer alguma coisa quando não temos tempo para nos estarmos a queixar.
Ser empreendedor, pró-ativo e tudo mais depende só de nós, um a um. Se em vez de impingirmos aos outros o que queremos ser, simplesmente formos, já conseguimos mudar tudo.
http://fusivelativo.blogspot.com/
5 bananas bem gordas e suculentas para esse comentário (nada daquelas mirradas e feias da Madeira)!
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