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setembro 23, 2009

Caparica Faroeste

Findo o verão – não aquele que resulta da órbita elíptica do planeta à volta da estrela mor, esse escreve-se com maiúsculas, mas sim o verão dos três meses sem escola, praia nos arredores de Lisboa e a ocasional semana no cada vez menos nosso Algarve – está então na altura de coçar uma comichãozinha que me assola há já algum tempo.

Penso que somos, da EU, o país com maior rácio de quilómetro de costa por habitante, o que até faz algum sentido, tendo em conta que temos mais de 800 km de costa para cerca de 10,6 milhões de habitantes – dá uns 81 m de costa por habitante (não estou a incluir os ilhéus, pois essa gente vive num mundo à parte).

Seria expectável que tivéssemos uma boa relação com a nossa orla costeira, afinal, para além da questão dos recursos, esta proporciona-nos a única actividade económica sustentável e legal em terras lusas para além de espremer o aparelho social estatal na busca dessa instituição portuguesa que é … o Subsídio (subside, in american).

Mais, atrevo-me mesmo a escrever que, num país de gente com visão (mais especificamente classe política competente e tecido empresarial empreendedor) estaria inclusive instituída uma relação de simbiose com a nossa orla costeira.

No entanto a ideia que tenho é que estamos no Faroeste (far west, in american), com parques de estacionamento e bares noturnos (vazios 9 meses por ano) em substituição dos belos saloons e postos do xerife da cidade (o antecessor das esquadras). Os prédios crescem à velocidade de cogumelos, qualquer dia temos uma Brandoa à beira mar.


Alguém me explica como isto é possível?

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