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junho 01, 2006

Des(?)complicar

Há uns bons anos atrás surgiu um sistema para incentivar as pessoas a arrumarem o seu carrinho de supermercado depois de terminarem as compras (ou para evitar que as pessoas roubassem carrinhos de supermercado?). Consistia no seguinte: de modo a possibilitar a remoção do carrinho do seu local de arrumação passava a ser necessária a introdução de uma moeda num aparelho que estava preso ao carrinho. Para reaver a moeda, tinha que se voltar a arrumar o carrinho. Apelava-se então ao civismo do macaco comum através da sua carteira.


Simples e eficaz, não?


Bom... não passou muito tempo até se perceber o principal inconveniente deste sistema: se por acaso não se tinha moedas que encaixassem no buraquinho... lá tinha o macaco que se desenmerd#%! Ir ao café, à papelaria ou ao balcão de apoio ao cliente. Claro que donos dos cafés e das papelarias não estavam para aí virados (nem a isso eram obrigados) e rapidamente se tornou evidente que este problema se traduzia numa sobrecarga de trabalho e preocupações para os empregados dos supermercados.


Então alguém teve uma ideia luminosa: "Deixamos moedas em cima do balcão para os macacos se servirem à vontade! Mas, como moedas a sério custam dinheiro, substituímo-las por moedas a brincar!"


Simples e eficaz, não?


Bom... Pergunto eu: não teria sido mais simples retirar, pura e simplesmente, os aparelhos dos carrinhos? É que as moedas de plástico, por não custarem dinheiro ao cliente, retiram ao sistema a sua razão de ser!...


É certo que outra função dos aparelhos, a qual tenho a impressão que foi um produto secundário (o que não é vergonha nenhuma), é facilitar o transporte massivo de carrinhos de um lado para o outro... Mas de certeza que há um sistema mais simples e barato de fazer o mesmo, não? Tipo... uma correntezinha e um ganchinho...


Simples e eficaz, não?



Não?


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